Parte do cordel premiado!
A Nordestina que mudou o destino
27 de agosto
Uma menina nasceu
No sertão paraibano
Aonde o fato se deu
Eu vou contar com detalhe
O que foi que sucedeu.
Chegando do hospital
A mãe trazendo a menina
Foi perguntando ao pai
Que nome trouxe de sina
Disse foi de Santa Eulália
Que como ela é tão linda.
Morava com os seus pais
No Sossego de Manduca
Junto com a avó paterna
Idosa mas não caduca
Em relação aos netos
Sempre estava de “bituca”.
Mesmo assim ainda eles
Muita arte aprontava
Sempre a pequena Eulália
Num quarto escuro trancava
E ela com muito medo
Abria a boca e gritava.
Lá ela viveu até
Os cinco anos de idade
Foi quando seu pai mudou
Pra outra localidade
Também no Sítio Sossego
Porém em outra cidade.
Ao então "Augostim" chagas
Esse sítio pertencia
Fazendeiro muito rico
Que na região havia
Por ser o seu bisavô
Muito alegre se sentia.
Durante sua infância
Ela adorava o velhinho
Sua barba e seu cabelo
Já era todo branquinho
Ele tinha a pele clara
E o olho azulzinho.
Até hoje ela traz
Tudo isso na memória
Mas vamos deixar de lado
Porque dá outra história
E ver como sua vida
Conseguiu vencer com glória.
E Eulália foi crescendo
Nos sítios da redondeza
Cada dia que passava
Ela mostrava clareza
Queria com sete anos
Já estudar com certeza.
Porém sua mãe não quis
Na escola colocar
Uma carta de A, B, C.
Ela decidiu comprar
Entregou para Eulália
Aprender a soletrar.
E disse:- Você só vai
Estudar com seu irmão
Quero que andem só juntos
Peguem a mesma condução
Pois um ajuda ao outro
“Se está” na mesma lição.
Ficou fora da escola
Mas estudava em casa
Decorando a tabuada
A imaginação deu asa
Aprendeu o A, B, C.
E com o irmão arrasa.
(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário