Literatura de Cordel


Literatura de Cordel:
Literatura de cordel é um tipo de poema popular, oral e impresso em folhetos, geralmente expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu  origem ao nome. O nome de cordel é original de Portugal que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. Essa tradição se espalhou para o Nordeste do Brasil, onde o nome acabou sendo herdado, porém a tradição do barbante não se manteve.
A literatura de cordel começou com o romantismo luso-holandês da Idade Contemporânea e na época do Renascimento. Foram os portugueses que introduziram o cordel no Brasil, e na segunda metade do século XIX os folhetos já possuíam características próprias brasileiras. Os temas incluíam fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas, temas religiosos, etc.
A literatura de cordel é escrita em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras (Estilo de ilustração das capas). Atualmente já se utilizam outros meios de ilustrações, fazendo uso dos novos recursos tecnológico. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou sei versos. Os autores recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, além de fazerem as leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
No Brasil a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, em especial nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e do Ceará. Geralmente é vendida em mercados e feiras pelos próprios autores, mas hoje também está presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo e Claro em Mato Grosso do Sul, mais precisamente na cidade de Dourados.
Veja só esse exemplo:
          A escolhida                   


Quem mora neste lugar
È um privilegiado
A pessoa é feliz
Por Deus é abençoado
É uma cidade tão linda
Fica no sul do estado.

Existem tantos espaços
Para poder visitar
Tem muita gente de fora
Que vem aqui passear
Se você me permitir
Alguns eu vou revelar.

O monumento do colono
Grande alegria no traz
As pessoas da cidade
Conhecem por “Mão do Brás”
Mas não existem só isso
Esperem que ainda tem mais.

A rodoviária aqui
É uma grande sensação
Quem desembarca nela
Sente grande emoção
Nela tem obras de artes
E uma linda plantação.

O crescimento da cidade
Parece grande magia
O Shoping Center apresenta
Grande tecnologia
Coisas de primeiro mundo
No nosso dia-a-dia.

E aqui também existe
Uma linda Catedral
Situada bem na frente
Da grande praça central
Revelando sua história
É obra monumental.
  
O teatro municipal
Lá no parque dos Ypês
É um dos pontos turístico
Muito lindo de se vê
Pra fazer uma visitinha
Faço um convite a você.

A usina velha inspira
A relembrar a memória
Representa para o povo
Um pouco de sua história
“Que” “teve” altos e baixos
Mas venceu com muita glória.

Escolas conceituadas
Aqui não deixa de ter
O Erasmo Braga é uma
Se quiser pode ir ver
Desde o inicio da cidade
Ajudando-a crescer.

Outra escola pioneira
Por sinal muito bacana
Imaculada Conceição
É da ordem franciscana
Sendo regida por freiras
A educação não engana.

Outra coisa que destaca
Aqui em nossa cidade
É o fato de existir
Tanta universidade
Profissionalizando os jovens
Conforme a necessidade.

Existem várias aqui
Públicas ou particular
Todo mundo tem a chance
De um dia se formar
Só necessita apenas
Ter gosto pra estudar.
  
Desde o inicio da cidade
Já havia diversão
O clube social
Faz esta revelação
Mas hoje se encontra fechado
Por sofrer “embargação”.

E na área da saúde
Sempre esteve em ação
O hospital Evangélico
Desde a sua criação
Salvando assim muitas vidas
Da nossa população.

O esporte se destaca
Também com grande emoção
Além do ginásio tem
O estádio Douradão
Grandes áreas de lazer
Como o Jorge Salomão.

E não podemos falar
Apenas de futebol
Muitos clubes com piscina
Também entram pelo rol
Dedica se aquelas pessoas
Que gostam de tomar sol.

A prefeitura da cidade
Dá gosto de se olhar
Pois a sua arquitetura
É obra espetacular
O povo se sente bem
Para poder trabalhar.

E bem ao seu lado há
Grandes acontecimentos
Pra isso foi construído
O pavilhão de eventos
Que traz pra população
Inúmeros contentamentos.
  
E se você preferir
Ausentar-se o dia inteiro
Muito pertinho daqui
Existem grandes pesqueiros
São lugares que te afastam
A entrar em desespero.

Se alguém vier de fora
E quiser se hospedar
Os hotéis são de primeira
É coisa de admirar
O visitante até pensa
De vir um dia morar.

A Expoagro acontece
No parque de exposição
Todo ano ele reúne
Uma imensa multidão
Muitos agropecuaristas
Daqui e da região.

E se você pensar bem
Tem uma lista sem fim
De lugares atrativos
Pra você e para mim
Um deles eu cito agora
O parque Antenor Martins.

Não poderia me esquecer
De um lugar relevante
Que guarda muito objeto
Por sinal interessante
Esse é o Museu Histórico
Com fatos muito importantes.

Tudo o que lhe falei
Não é mesmo brincadeira
O turista quando chega
Quer ir logo ver a feira
Que do sábado pro domingo
Fica aberta a noite inteira.
                                                     
A cidade se destaca
Até na geografia
Com suas ruas tão planas
Causa no povo alegria
Cresceu tão rapidamente
Dando a “todos” mordomia.

Uma coisa eu garanto
Que não falei ainda
A população daqui
É uma gente muito linda
A pessoa que aqui chega
Se sente sempre bem-vinda.

É um povo bem festeiro
Que mantém a tradição
Um exemplo eu te dou
É a festa de São João
Faz com que o mundo veja
Toda essa união.

Antes de terminar tudo
Uma coisa vou falar
Rimando fiz o poema
Inspirado no lugar
Não nasci aqui, porém
Escolhi para morar
Isto diz quem vive nela
Dourados cidade bela
Escolhi para morar.

Autora: Aurineide Alencar de Freitas Oliveira. Dourados 2010.








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