Férias no Sul

Férias no Sul 

Quando o dia amanheceu
Vi que era especial
Estava chegando a hora
Já me sentia o tal
Pra mais uma experiência
Pensei com antecedência
A viagem é legal.

Ao chegar à igreja
Logo o ônibus encostou
Pra seguir boa viagem
O padre abençoou
Fez também uma oração
A todos impôs a mão
O passeio começou.

Mas pra surpresa de todos
Algo novo aconteceu
Foi que uma mocinha
O documento esqueceu
Pra trazer segunda via
Seu pai logo aparecia
Todo mundo percebeu.

Pro Rio Grande do Sul
Era esse nosso destino
Agora se realizava
O meu sonho de menino
Ir para o sul do país
Foi coisa que eu sempre quis
Ver se o lugar é grã-fino.

A percorrer a estrada
Uma noite já passou
Paramos para o café
Mas logo continuou
E agora com ar de dia
Uma imensa alegria
A todos contagiou.

Lá pra hora do almoço
Chegamos ao seminário
Ambiente tão bonito
Parecendo um santuário
Existente no lugar
Feito pra evangelizar
A quase um centenário.

Fomos todos recebidos
Pelo padre Genoir
Uma acolhida tão boa
Difícil de existir
Etelvino o coordenador
Também foi acolhedor
Até a hora de partir.

Logo após o almoço
Saímos pra passear
No Autódromo Internacional
Que existe no lugar.
Dr. Nelson Luiz Barros
É lá onde corre os carros
Quando estão a disputar.

Conhecer uma vinícola
Foi nosso segundo passeio
Saber como funciona
No começo, fim e meio.
Não pudemos degustar
Por na hora se encontrar
Muita criança no meio.

Quando vi araucária
Alegremente fiquei
De está em outro país
Eu te juro que pensei
Nesta terra montanhosa
Uma árvore tão formosa
Eu assim observei.

Saímos no segundo dia
Logo pela madrugada
Com destino a Gramado
Cidade bem divulgada
Pela sua arquitetura
Também sua formosura
E até pela geada.

Apesar de ser chuvoso
Foi um dia interessante
O povo é acolhedor
Para com o visitante
E eu digo pra vocês
Europeu ou japonês
Senti-me por um instante.

Na cidade de Canela
Que fica logo encostado
Na fábrica de chocolate
Fomos para lá levados
Não sai mais da minha mente
Ver as crianças contentes
Parece mundo encantado.

De volta pro Seminário
Na cidade Guaporé
Fomos tão abençoados
Só não vê se não quiser
Se tivesse demorado
Teria ficado ilhado
Ou então voltado a pé.

Pois as pedras lá na serra
Muitas delas “despencou”
Soubemos logo cedinho
Foi o padre que contou
Com a estrada interditada
A viagem foi mudada
Os planos se “transformou”.

Foi então que Bento Gonçalves
Ficou sem visitação
Em alguns membros do grupo
Notou-se decepção
Mas depois do acordo feito
Todos entenderam direito
Ser a melhor decisão.

Então no terceiro dia
Fomos andar na cidade
Descer a serra e ir
Em várias localidades
De manhã fomos a pé.
Ali mesmo em Guaporé
Ver sua diversidade.

E de tarde todo mundo
Já havia combinado
Ir ao Centro Comercial
Para comprar folheado
Pro seu amigo secreto
Que já tinha sido certo
A noite ser revelado.

Nesta noite o Cristiano
Uma janta ofereceu
Muito boa por sinal
Pois todo mundo comeu
E então já descansado
Fomos pro lugar marcado
Que o padre nos cedeu.

Um salão aconchegante
Tinha até uma lareira
Tudo bem organizado
Para nossa brincadeira
A hora chegou então
Para a revelação
E ninguém falou besteira.

Jesus, o coordenador
Foi o que quis começar
E dicas do seu amigo
Começou a relatar
Só que eu não imaginava
Que de mim ele falava
Antes de se revelar.

E durante a festinha
Tudo foi muito bom
As mulheres demonstravam
Suas joias em alto-tom
E todos se divertiram
As meninadas curtiram
Apesar de não ter som.

Assim que terminou
Toda a revelação
Lá em volta da lareira
Fomos tomar chimarrão
E com o “pala” neste dia
Pra tirar fotografia
Começou uma seção.

O padre ficou feliz
Todo mundo percebeu
Pois para degustação
Um vinho ofereceu
Com salame e um queijinho
Feito com muito carinho
Francamente ele nos deu

E os adultos gostaram
Que resolveram comprar
Esses produtos citados
Pra sua cidade levar
Os pacotes foram feitos
Todos quiseram dar jeito
De a família experimentar.

Depois de um bom repouso
Amanheceu o quarto dia
O padre passou um filme
E falou da alegria
A santa missa rezou
A todos abençoou
Sua fé nos contagia.

Pra surpresa das mulheres
A história assim relata
Que foi na fábrica de joias
E lá ganhou uma prata
De Eliza com carinho
E seu marido juntinho
Gentilmente ele nos trata.

Eu vou voltar atrás
Pra uma coisa falar
Sobre aquelas senhoras
Que estavam a cozinhar
Uma comida tão gostosa
Sobremesa saborosa
Para nos alimentar.

É tanto que nosso povo
Comeu sem nem perceber
Refogado de coelho
E nem mesmo quis saber
Pra nós é tão diferente
Porém ficamos contentes
Até depois de comer.

Na viagem já de volta
Logo ao anoitecer
A polícia rodoviária
Veio o ônibus percorrer
Disse que o documento
Naquele exato momento
Ele iria querer ver.

A sorte é que nosso povo
Por ser bem organizado
Estava com a documentação
Tudo já bem preparado
Pra seguir nossa viagem
O ônibus teve passagem
E foi logo liberado.

E em Santa Catarina
Paramos para jantar
Na cidade São Miguel
Foi o que ouvi falar
Pois só pudemos descer
Ali mesmo pra comer
E depois continuar.

Devido estar cansados
E se sentindo um pó
Paramos para o café
Na cidade Caarapó
Depois de escovar os dentes
Ficaram todos contentes
Se separar dava dor.

Ao fazer esta viagem
Aumentou nossa amizade
Pois aqui dentro do ônibus
Há gente de outra cidade
De Laguna eles são
Mas em nosso coração
Vão ficar pra eternidade.

De fazer esta viagem
Agradeço ao padre Alberto
Mesmo quando está longe
Ele continua perto
A vida em comunidade
Seja em qualquer cidade
Sempre torce pra dar certo.

Mas agradeço também
Ao Jesus e a Dita
De a viagem ser tão boa
Por serem pessoas bendita
Que continue seu trabalho
Da igreja seja um galho
Nosso jovem necessita.

Não posso me esquecer
Ainda está em minha mente
Agradeço e rogo a Deus
Por alguém tão competente
São os nossos motoristas
Conduziu-nos pelas pistas
Sem causar um acidente.

Acabamos de chegar
Foi grande a recepção
A família toda lá
Para nos dar uma mão
E até o padre veio
Pra ficar no nosso meio
Veja só que emoção.

Amigos ;vou terminar
Um cordel eu escrevi
Relatando a viagem
Incluindo o que senti
Nada no mundo é acaso
Eu não conto o que não vi
Isso foi numa semana
Da qual achei tão bacana
Especialmente eu vivi.

Autora: Aurineide Alencar de Freitas Oliveira. 23/07/2011


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