Em busca de um sonho
no exterior III
Na
churrascaria Querência
Foi
o ônibus esperar
Lá encontrou paraguaios
E
começou a conversar
Mas
quando o marido viu
Principiou a “ciumar”!
Ao
perceber a cena
O
paraguaio se afastou
No
mesmo momento
O
ônibus na frente parou
Pegando
suas malas
Nele,
ela embarcou.
De
Dourados a Pedro Juan
Foi
mesmo muito engraçado
Coincidência
ou não
Sentou-se
bem do seu lado
Um
nordestino da “peste”
Um
“cabra” bem “arretado”!
E
ele falava muito
De
um livro que escrevia
Vergonha
de ser brasileiro
No
seu relato dizia
Cobria
a cara com a mão
Para
tirar fotografia!
No
dito livro falava
Muito
bem do Paraguai
Diz
que as regras de lá
Bandido
não sobressai
Pois
se roubar ou matar
Logo
no cassete cai!
E
não tem esse negócio
Pode
ser até de menor
A
polícia quando pega
Bate
mesmo sem ter dó
Ele
disse com certeza
Não
viu em um canto só.
Ao
andar nessa fronteira
Tudo
pôde observar
No
Brasil viveu na época
Do Regime Militar
Por
isso que em seu livro
Muito
tem do que falar!
Seu
Francisco em sua capa
Cobre
o rosto com a mão
Tem
vergonha de ser brasileiro
Essa
é sua opção
Ao
chegarmos ao terminal
Ele
segue outra direção!
Ela
encontra Eliziane
Sua
amiga de viagem
Como
sempre ela tinha
Comprado
sua passagem
Aguarda-a
no embarque
Com
toda sua bagagem!
Quando
o ônibus chegou
Foi
aquela alegria
Entraram
nele e ficaram
Até
amanhecer o dia
Descendo
em Assunção
A
qual ambas conhecia!
Para
estudar o mestrado
Ciência
da educação
Já
no 3° período
Que
elas duas estão
Com
muita dificuldade
Que
fizeram essa opção.
Juntas
com brasileiros
De
várias partes que vêm
Todos
com objetivos
De
estudarem também
Levando
para Brasil
O
saber que lhe convém!
Um
passeio que fizeram
Não
foi só de brincadeira
Quem
conduziu o mesmo
Foi
professor Olivera
Nas
Ruínas Jesuíticas
No
Paraguai a primeira.
O
lugar é muito lindo
Traz
paz para nossa alma
Ao
vê todo aquele verde
O
coração bate palma
Quem
estiver agitado
Com
certeza se acalma!
Quando
chega ali pertinho
Vendo
aquela construção
Feita
de barro batido
Toda
com a própria mão
Dá
um orgulho profundo
Ter
origem nessa nação!
Na
colonização espanhola
A
construção foi feita
Ideia
dos jesuítas
E
parecia perfeita
Para
proteger os indígenas
Da
escravidão sujeita!
Não
que os indígenas
Gostassem
de lá ficar
Mas
com os espanhóis
Iam
se escravizar
Por
isso com os jesuítas
Era
melhor se harmonizar!
Lá
eles firmaram
Pequena
comunidade
Com
estrutura da época
De
uma pequena cidade
Essa
que estou falando
Era
a Vila de Trindade!
Querendo
salvar os índios
Das
brutas escravidões
Portuguesas
e espanholas
Jesuítas
entram em ações
Constroem
na América
Exatos
trinta missões!
Dividido
entre o Brasil
Argentina
e Paraguai
Para
proteger os índios
Que
precisar muito “vai”
Do
massacre e a opressão
Que
contra eles sobrecai!
Os
indígenas eram convidados
A
integrar a comunidade
Recebiam
segurança
Educação
e prosperidade
A
sua língua de origem
Era
mantida de verdade!
Apesar
de algumas tribos
Ainda
serem canibais
Praticarem
poligamia
Proibidos
atos tais
Jesuítas
aos poucos
Evangelizou
os demais!
No
centro de Trindade
Há
uma grande praça central
Ali
onde se organizavam
Toda
a vida social
Agora
já se tornou
Patrimônio
mundial!
Antes
de chegar às Ruínas
Tem
também a costaneira
Que
no rio Paraguai
Não
é mesmo brincadeira
Uma
praia artificial
Parecendo
verdadeira!
E
achei tão engraçado
O
nome é de Ipanema
Tudo
“chic” e alinhado
Que
digo que vale a pena
Pois
no sul do Paraguai
A
riqueza é suprema!
Tem
gente que discrimina
Só
porque não o conhece
Vai
ali à fronteira
E
por lá permanece
Vê
sujeira e pobreza
Do
resto tudo se esquece!
Mas
a turma “Pato Branco”
Gostava
de ir mais além
Em
seus períodos de aula
Com
um “maestro” também
Em
uma aula de campo
Mostra
o turismo que tem!
O
Osvaldo Olivera
Fez
a viagem turística
Além
de ser o professor
Veja
que grande conquista
Dificuldade
não teve
Onde
é naturalista!
Também
não posso esquecer
Da
“maestra” Elena
Que
fez a troca de aula
Pois
não viu nenhum problema
Já
que éramos turistas
Podia
valer a pena!
E
a “maestra” Selva
Outra
muito competente
Quem
estudou com ela
Muito
conhecimento sente
Quem disser ao contrário
É
porque é contundente!
Em
Assunção dessa vez
Ninguém
quis sair na rua
Só
umas comprinhas básicas
É
verdade nua e crua
Lá
no Mercado 4
Onde
o comércio atua.
Para
comprar as bugigangas
Ninguém
a isso resiste
O
preço é muito barato
O
vendedor ainda insiste
A
gente acaba comprando
Antes
mesmo que desiste!
Andando
de “autobus”
Porque
era mais barato
A
turma se combinava
Sempre
era feito um trato
E
até no restaurante
Economizava
o prato!
Foram
na feira das “Chicas”
Que
teve na Plaza Itália
Compraram
alguns presentes
Blusas,
bolsas e medalhas,
Aurineide
comprou sapato
E
trouxe para Natalia!
Também
levou seus cordéis
E
fez a divulgação
Expôs
lá em uma banca
Para
a população
Mostrou
nossas diferenças
No
centro de Assunção!
Levou
um banner que fez
Na
“Universidad” a diferença
Colocou
em sua classe
Demonstrou
a sua crença
Depois
também no saguão
Manteve sua presença.
Companheira
inseparável
Eliziane
fez amizade
Pegava
na sua mão
Apesar
de menos idade
Poderia
ser sua filha
Mas
era mãe na verdade!
Durante
estes dois anos
Muita
coisa aconteceu
Dividindo
o quarto juntas
Muito
mais se “conheceu”
Aprenderam
e divertiram-se
Por
isso acham que valeu!
Quase
toda a turma
Esta
lá no mesmo hotel
As
baianas, a Viviane,
A
Ângela e Rafael
A
Lidia e o marido dela
Já
dava quase um cordel.
E
o outro pessoal
Conforme
segue a sequência
Ficou
ai dividindo
Adequando a preferência
Cada
grupo em um hotel
Suprindo suas exigências.
Todos
próximos ao centro
Que
é para andar a pé
Sabe
como é estudante
Dinheiro
só tem pra o café,
E
o que sobra quer comprar
Algo
que ele não tiver!
E
ainda quer levar
Lembrança
para os parentes
Qualquer
coisa é novidade
Para
deixá-los contentes
Sempre
dá um jeitinho
De
comprar suficientes.
Tem
gente que se empolga
Paga
excesso no avião
Eu
já vi uma colega
Pagar
lá de Assunção
O valor
de uma mala
Passar
bem de “milhão”!
A
igreja dos heróis
Todo
dia ao entardecer
O
povo que está na rua
Para
todos ali pra vê
O
arreamento da Bandeira
Como
é lindo de se ver!
Os
soldados tocam o hino
Fazem
apresentação
Depois recolhe a Bandeira
Entram
com ela na mão
O
povo em silencio
Respeito
e admiração.
E
os fiéis acompanham
Entrando
até a igreja
Fazendo
oração pelos mortos
Precisa
que você veja
Rezando e cantando todos
Com
o parente que esteja.
Até
junto com os índios
Aurineide
foi vender
Sentou
ali na calçada
Para
todo mundo vê
Junto
com os objetos
Os
seus cordéis pôs a ler!
As três viagens que fiz
Lembro que essa foi a
melhor
Especialmente quando
Não somente fomos só,
Conhecer a costaneira
Ainda sem brincadeira
Ruínas Jesuítas, que
dó!
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