domingo, 5 de junho de 2016

FESTAS JUNINAS

Os festejos do São João que abalam o Brasil

Esta festa historicamente
Já está relacionada
Com uma festa pagã
A qual era celebrada
Porém na Idade Média
Ela foi cristianizada.

Se tornando a mais famosa
Festa de São João
Com mais dois Santos católicos
Segue assim a tradição
Santo Antônio vem primeiro
São Pedro o último então.

A homenagem aos três Santos
Teve início em Portugal
E depois pela Europa
Espalhou-se de modo tal
E até aqui no Brasil
Ela chegou afinal.

Os fogos de artifícios
Segundo a tradição
Servem para despertar
O Santo São João
E desejos e pedidos
São atados no balão.

O nome original
Da quadrilha brasileira
Vem de uma dança francesa
Que de salão foi primeira
Mas a elite portuguesa
Foi quem trouxe a brincadeira.

Que se espalhou ligeiro
Pelo sertão nordestino
Eu mesma vi muitas vezes
Adulto, velho e menino.
Numa dessas improvisadas
Careca perder o tino.

É tanto que a notícia
Já correu mundo afora
Havendo na Paraíba
Um grande concurso agora
Concorrem estados vizinhos
Mas vence sem ter demora.

E lá em Alagoas
A festa é de arrepiar
Até artistas famosos
Vão muitos para dançar
E as comidas típicas
Um pouco saborear.

E ali há outros estados
Que também são concorrentes
Pernambuco e Piauí
Com pessoas competentes
E Rio Grande do Norte
Que envolve toda gente.

A pamonha e o cural
Milho cozido e salgado
 A canjica e pipoca.
Arroz doce, bambocado
Amendoim, pé-de-moleque.
É só exemplo citado.

As bebidas mais famosas
O vinho-quente e o quentão
Porém vai acontecer
Também uma variação
A cachaça é aceita
Tendo valorização.

Junto com a fogueira
Segue também o balão
Faz parte deste cenário
Apesar da proibição
Dizem às lendas que ele leva
Recados a São João.

Ainda hoje é comum
No Nordeste brasileiro
Pelas ruas das cidades
Formam grupos de festeiros
As pessoas deixam comidas
E bebidas no terreiro.

Na região Sudeste
As quermesses geralmente
São as festas populares
Que aglomera muita gente
Nas igrejas e colégios
E deixa o povo contente.

Também tem as barraquinhas
Com comidas e tudo mais
E dança da quadrilha
Que não fica para trás
Pra seguir a tradição
Até simpatia faz.

Em Minas Gerais é comum
Montar suas barraquinhas
Em áreas de terra batida
E enfeitar com bandeirinhas
Para quadrilhas e brincadeiras
Com populações vizinhas.

Em relação à fogueira
Diz assim a tradição
Que a prima Izabel
Ao dar a luz a João
Para avisar a Maria
Ela acendeu uma então.

No Brasil ela ainda serve
Para o frio esquentar
E para alguns alimentos
Nas suas cinzas assar
Milho, pinhão, batata.
Ou o que mais precisar.

Hoje ela vai além
Com intuito de competir
Até mais de 10 metros
Ela já chegou medir
Com fogos de artifícios
Para o povo assistir.

Ainda tem o pau -de-sebo
Pra o competidor escalar
Ele é escorregadio
Difícil de segurar
Lá no alto tem as prendas
Pra quem consegue chegar.

O mastro com 5 a 6 metros
De altura é o ideal
No topo a bandeira
Do Santo é essencial
O padroeiro da festa
Bem enfeitado afinal.

O casamento caipira
Pode ser de brincadeira
Mas a organização
Não está para besteira
Padre, padrinho, noivos
Até a hora derradeira.

Os arraiás todos contam
Com atrações diferentes
Como a barraca-do-beijo
Essa atrai muita gente
Tiro-ao-alvo e outra
Cadeia para os presentes.

E o braseiro no chão
Deve ser atravessado
Descalço com promessa
Que nunca será queimado
“quem tem fé não queima o pé”
Assim que diz o ditado.

De Norte a Sul do Brasil
Neste mês é só festança
Seguindo as tradições
De adulto a criança
Vai seguindo as influências
E os costumes na lembrança.

Poucas datas simbolizam
Tanto assim nossa cultura
Mesmo trazida de fora
Se adaptando a altura
Os brasileiros recebem
Influências com postura.
  
Aos festejos juninos
Louvam-se o São João
Enquanto se delicia
Na festança com quentão
Comidas típicas enfim
Ao exemplo do quindim
Representa a região.

Autora: Aurineide Alencar


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