domingo, 7 de maio de 2017

Mãe é quem ama

A missão da mãe começa
Acomodando a barriga
Com emoção a flor da pele
E desejos por comida
Contudo alerto a galera
Que não é apenas quem gera
Mãe! Nina e canta cantiga.

A mãe é aquela que ama
Bem antes de ser amada
Atendendo sempre o filho
Sem nem mesmo ser chamada
Primeira a dar condição
Abre ao filho o coração
Beija antes de ser beijada.

Ela tem capacidade
Até de o silêncio ouvir
E de fortalecer quando
Tudo ao redor ruir
Sabedoria emprestada
Dos deuses que na jornada
Estão prontos a aplaudir.

Encontra a palavra certa
Nos mais incertos momentos
Pois tem a capacidade
De adivinhar sentimentos
Com as mãos para amparar
Coração pronto pra amar
Sem rodeios ou comprimentos.

Sem nada esperar em troca
Com amor incondicional
Um afeto desmedido
Atitude angelical
Ela é um ser infinito
Ser mãe é bênção, acredito,
Levanta qualquer astral.

Sua existência é em si
Tremendo ato de amor
Ela que fez de seu ventre
Um abrigo protetor
Bem antes de ter nascido
Um bem querer incontido
Transbordando o seu calor.

Em teus braços certamente
Sempre, sempre acalantado,
Com amor e dedicação
Todo dia acariciado
Por fora te conhecer
É querer fortalecer
O laço que foi traçado.

Maravilhosa criatura
Um amigo verdadeiro
Se alegra nos bons momentos
Age como conselheiro
Quando há adversidade
Faz ver a prosperidade
Chegando sempre primeiro.

Através de seus preceitos
Está sempre de plantão
Querendo assim dissipar
As nuvens de escuridão
Para fazer com que a paz
Aumente cada vez mais
Lá dentro do coração.

E no século XI
A mãe está mais moderna
Algumas têm filho único
E pode ser mais fraterna
Outras vivem vida louca
Por ter a grana bem pouca
Ainda assim é uma luzerna.

Muita delas sempre acorda
Logo ao raiar do dia
Saindo para o trabalho
Do destino, é ironia,
Outras mães ganhando menos
Ficam com os seus pequenos
Cuidam deles com alegria.

Porém nessa vida louca
Em que vive a mãe atual
Somente por telefone
É mãe em tempo integral
Liga sempre para o filho
Pra ver se algum empecilho
Teve com ele, afinal.

É na hora do almoço
Que tira para checar
A lancheira da criança
E também pra pentear
O cabelo e, com jeitinho,
Mandar o dente escovar.

Com essa vida corrida
E com horário marcado
Ser mãe, esposa, mulher,
A faz sofrer um bocado
Lazer e divertimento
Quase nunca ela tem tempo
Precisa ser alternado.

E assim a mulher moderna
Quer lutar para vencer
Guerreira, profissional
Quer diferença fazer
Pra um mundo melhor deixar
Nunca cansa de tentar
Para o seu filho viver.

A mãe educa seu filho
Levando pelo caminho
Entre curvas e veredas
Não deixa entrar em espinho
Cansada, mas nunca cai,
Atrás do filho ela vai
Rindo o carrega pra o ninho.


Aurineide Alencar, 06/05/17

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